DIA DAS MÃES
Josefina de Castro e Silva Gaudenzi
O segundo domingo do mês de maio chega, enfim.
É o “Dia das Mães”, embora o mês de Maria seja, todo ele, dedicado mais santa das Mães.
Hoje desperta e vê que papai já se levantou.
Hoje é ela quem ouve os passos leves de papai já se levantou.
Hoje é ela quem ouve os passos leves de papai e das crianças, que falam baixinho, enchendo a casa de rumores abafados e fora do comum.
Quando chega à porta da sala de jantar, pára, enternecida: à sua frente está toda a família, rodeando a cadeira em que costuma sentar-se para tomar café.
Há flores na mesa, toalha nova, xícara nova, tudo novo como o dia que surge, o “Dia das Mães”.
As crianças se aproximam, beijam mamãe e, então, Maria redita:
Se eu fosse ave no céu,
Perto do Reino de Deus,
Em vez de voar ao léu,
Levaria os votos meus
Pra que Deus, tão poderoso,
A mamãe abençoasse,
Lançando olhar carinhoso,
A tudo quanto ela amasse.
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